quarta-feira, 18 de maio de 2016

Texto sobre a moral segundo Nietzche e Focault

            
Ambos os autores, tal como foi afirmada pelas nobres professoras, são críticos das tradições morais e religiosas sendo que Nietzsche da ênfase na individualização do agir e Focault no uso do poder para controlar.
Começaremos primeiramente fazendo uma análise superficial e fria de Nietzsche, até mesmo porque suas teses são anteriores à de Focault, em seguida, analisaremos Focault que de antemão digo, em minha humilde opinião, que muito escreveu e pouco ensinou.
Nietzche ensinava que à moral é uma ilusão, uma coisa criada para fazer com que homens obedeçam a outros homens logo, tem se que seu ensinamento principal é a individualização. Ele também alegava que o que é bom pela moral tradicional ensinada aos homens, é diferente da bondade ensinada pelo Cristianismo. Isto não é tão difícil de perceber agora que, tal qual Nietzsche, podemos fazer uma “genealogia” do passado, em especial de sua época, e analisar os poderes exercidos tanto pelos nobres quanto pelos religiosos para fazer aquilo que Nietzsche refere-se em seus ensinamentos.
Ele, por exemplo, dizia que “eles [os nobres] tomaram para si o direito de criar valores, cunhar nomes para os valores” (ESTEFANI e ZEVALLOS apud NIETZSCHE, 1998, p. 19)[1] e com isso, justificar seus feitos fosse eles bons ou maus. Segundo ele, as classes dominantes [os nobres] adoravam colocar tradições morais ou religiosas e que um desapego delas seria a melhor opção.  Deste ensinamento dele podemos entender que os nobres tomaram valores para si dizendo e ensinando “o que era bom” de acordo com seus interesses. Ele também ressalta que o homem veio ‘de fabrica’ com dois instintos preponderantes, a saber:
1.      Instinto de rebanho, cuja principal lógica é obedecer, principalmente, por causa do medo de futuros ‘danos’ supostamente decorrentes da ‘não obediência’ ao que socialmente é valorizado. A isto ele chama de “moral do escravo”;
2.    Instinto do espírito livre, cuja principal lógica seria à de satisfazer o prazer, a determinação, e a liberdade de vontade. Este ele chamava de “moral do senhor”.
3.    Em suma, Nietzsche ensinava a individualização acima de tudo: “nada há é mais ruinoso do que o dever impessoal”. (ESTEFANI e ZEVALLOS apud BOMBOSSARO, 1998, P.64).
Já o contemporâneo Michel Focault concentra suas explanações em teses que analisam o poder e seu uso nos diversos grupos da sociedade, pois para ele, não existe sociedades livres de relação de poder e em sua obra “Vigiar e Punir (1975), o autor realiza uma crítica aos saberes disciplinares que se constituem como formas de controle individual e social” (ESTEFANI e ZEVALLOS)[2]. Ou seja, para ele, até a forma de educação da sociedade ou da família é uma forma de poder e controle das ações individuais.
Conclusão:
É impossível não discordar de ambos, pelo menos em partes, e principalmente de Focault. Pois, como bem sabemos por Rousseau em sua obra O Contrato Social algumas regras e normas fazem se necessárias para o bem viver em sociedade. Portanto,  se não existe crítica a crítica de Focault, eu então o farei: Focault parece não falar nada com nada, dizer por exemplo que “ o poder é praticado a partir de inúmeros pontos e em meio as relações desiguais” é para mim, como dizer que a chuva molha ou que no oceano tem água.  Em suma, ele muito gira em torno de muitas palavras para dizer coisas obvias e não faz uma análise crítica de sua própria crítica.  Já pensou aonde iríamos parar se absolutamente zerássemos toda e qualquer meio de controle social? Seria um caos! Seria o fim da própria humanidade! Talvez, de Focault, o único pensamento útil que se pode tirar dele, ironicamente é o seguinte:
O poder não se encontra num lugar ou grupo específico, mas perpassa toda a estrutura social, através de instituições ou dispositivos, ligados socialmente, como, por exemplo, as escolas, as fábricas, os meios de comunicação etc.: “O poder está em toda parte; não porque englobe tudo, e sim porque provém de todos os lugares” (FOUCAULT, 2007, p. 103).
É saber o que já sabemos. Que o poder, está em toda a parte.
Quanto ao filme assistido, Das Experiment-2002, em sua essência, podemos perceber duas coisas.
1.    Citação de escritura religiosa: Aprendemos, por tristes experiências, que é a natureza e índole de quase todos os homens, tão logo suponham ter adquirido um pouco de autoridade, começar a exercer imediatamente domínio injusto[3].
2.    Citação no texto: dê poder a um homem e você o verá fazer coisas horríveis. Tire de outro homem a sua dignidade e ele fará coisas ainda piores     [4].”



[1] Extraído do texto A crítica à moral em Nietzsche de Jaqueline Stefani e Verónica G. Zevallos. Disponível no acervo da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

[2] Extraído do texto A crítica à moral em Focault, de Jaqueline Stefani e Verónica G. Zevallos. Disponível no acervo da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
[3] Extraído de uma escritura de A Igreja de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias chamado de DC: 121:39, disponível em: https://www.lds.org/scriptures/dc-testament/dc/121.41-42?lang=por
4 (Extraído do texto de Luciano Rocha. Disponível em:









REFERÊNCIAS
IGREJA S.U.D. Doutrina e Convênios. Disponível em:
ROCHA, Luciano. Filme: Detenção(2010). Disponível em:
STEFANI, Jaquelini e ZEVALLOS, Verónica G.(sine data), A crítica à moral em Nietzsche, Acervo da Universidade de Caxias do sul (UCS).
STEFANI, Jaquelini e ZEVALLOS, Verónica G.(sine data), A crítica à moral em Focault, Acervo da Universidade de Caxias do sul (UCS).



















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