terça-feira, 4 de junho de 2013

Ditadura militar X Ditadura proletária



 Pinço aqui uma declaração do general Geisel, uma "pessoa séria", nas palavras de Bolsonaro, que desmistifica a tão famosa "incorruptibilidade" dos militares na época, ao mesmo tempo faço um comparativo entre o ontem Militar e o hoje LULA. Podem os militares não ter sido os melhores políticos,  os melhores economistas, ou os melhores juízes ou seja lá o que for, pois eles não são nada disso mesmo, são militares. Todavia, sua educação enraizada na disciplina e no patriotismo nós ensinam muito, já que nos governantes de hoje, foram substituídas pelo amor ao dinheiro e certeza de impunidade. Na época dos militares podíamos pelo menos  "dormir em paz" sem tanto medo da delinquência , som alto à noite, impunidade e tantas coisas que nós incomodam viver em sociedade hoje em dia. Será que é tão difícil achar um meio-termo, assim?
 Ronaldo Costa e Couto (1999, págs. 150 a 151), no fabuloso "História indiscreta da ditadura e da abertura –Brasil: 1964-1985" (Editora Record) discorre como se dava a corrupção entranhada nas Forças Armadas:

"É fundamental levar em conta o apreço e apego de Geisel à ordem e à hierarquia. A verdade é que o sistema militar havia perdido o controle sobre o aparelho de segurança e de informação. Era preciso reprimir a repressão, conter seus excessos, enquadrá-la na hierarquia e disciplina militar. Impor-lhe a cadeia de comando. Para ele, a revolução envelhecera, estava na contramão da história. Mais que isso: desfigurara-se, deteriorara-se. A censura, travando a fiscalização da imprensa, facilitava a corrupção, inclusive de militares e ex-militares. Era essa a avaliação de Geisel, segundo o almirante Faria Lima: "Ele se instalou lá naquele Palácio do antigo Ministério da Agricultura para trabalhar na organização do seu programa de governo. Na verdade, ele já estava se preparando há muito tempo. Ele me disse, naquela ocasião que ia fazer a abertura. E eu disse a ele: 'O senhor acha que é a hora para fazer a abertura?' Ele me respondeu: 'É. Porque a corrupção nas Forças Armadas está tão grande, que a única solução para o Brasil é abertura.'" Por outro lado, a repressão política criara um poder militar paralelo, autônomo, enfraquecendo os comandos, prejudicando a hierarquia e a disciplina, ameaçando a ordem dentro das próprias Forças Armadas. A concentração excessiva de poder no governo, se por um lado significava força, por outro expunha o governante. E a tão temida ameaça comunista mostrava-se cada vez mais improvável, distante, descartada".


 

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